Assunto recorrente e hodiernamente discutido nos meios de comunicações é o atinente ao assédio virtual ou CYBERBULLYNG em inglês, constituindo-se numa prática relacionada ao uso das tecnologias de informação e comunicação para promover atos comportamentais direcionados, constantes e contrários à vontade de uma pessoa, com a manifestante intenção de prejudicá-la.
Tais práticas podem ser praticadas por uma pessoa ou grupo de pessoas e tem se tornado cada vez mais freqüentes, principalmente, entre os jovens, embora tenham ocorrido campanhas combatendo tais atos, considerando que o assedio virtual pode ser feito pela internet, telefones celulares e por outros dispositivos que transmitem mensagens e imagens com a clara intenção de ofender, intimidar, ameaças ou constranger outras pessoas.
O assédio virtual adquire várias formas: envio de mensagens mesmo contra a vontade da pessoa que não deseja contato com o remetente; por ameaças; por comentários pejorativos apelos sexuais e eróticos; por palavras de ódio ou preconceitos, sempre com a idéia de ridicularizar a vítima, ora destinatária ou postando declarações falsas para humilhá-la; divulgando dados da vítima, endereços de sua casa ou do trabalho, ou postando material para difamá-la ou ridicularizá-la.
O objetivo do assediador é o de envergonhar a vítima, com ameaças ou perseguições on-line, por e-mail, mensagens de texto e mensagens para blogs e site, como os de relacionamentos, quando o assedio passa a ser considerado prejudicial e, quando constante, habitual e rotineiro, poderá levar a pessoa ao extremo, até ao suicídio.
Via de regra, o assediador não fornece sua verdadeira identidade e o assedio virtual não se limita, apenas, as crianças ou jovens, pode ocorrer entre os adultos.
Ciberterrorismo
É a denominação utilizada para representar as investidas terroristas no campo da Internet, com o propósito de propiciar prejuízos nos equipamentos de computadores, sendo classificado como crime de informática/Internet, por interferência nos provedores e computadores, assim identificados como ciberterrorismo e, geralmente, os mecanismos adotados por meio de vírus de computador. Os procedimentos e a habitualidade das interferências surgidas, além dos danos causados já trazem um grande desconforto e prejuízos para todo o mundo.
A repetição dos fatos vem ocorrendo em todo o mundo, com ataques diretos contra os países, a exemplo do que ocorreu em 2007, na Estônia, quando os ciberterroristas interferiram nos sites oficias do governo, um país que tem quase todos os seus serviços na Internet, sendo considerado um país digitalizado, causou vários problemas em seus serviços, afetando diretamente a população. Vários outros incidentes como esses, mas em menor proporção, foram registrados. Como ocorreu nas eleições americanas em 2016, por supostos ataques por hackers russos.
Ameaça
Como já demonstrado acima, a Internet vem se tornando uma poderosa arma digital na mão dos ciberterroristas, que estão espalhados por todo o mundo. Por sua vez os Estados Unidos vem alertando para o perigo dos chamados ataques virtuais. Os ciberterroristas conseguem, com certa freqüência, a obtenção de informações dos sistemas de governos, constituindo o terrorismo pela Internet uma ameaça real para a integridade do Estado.
Ainda, Stevem Chabisky, Diretor do FBI e responsável pela investigação dos cibercrimes, considera que o cibeterrorismo vem afetando a própria existência do Estado. Afirma que outros governos e seus hackers podem estar interessados em enfraquecer os EUA.
Considera-se que o ciberterrorismo está cada vez mais presente e envolvido com o crime organizado, sendo a investigação do ciberterrorismo uma prioridade de todos os países e não só do FBI, sendo criticado o governo britânico por ter facilitado a criação de contas de twitter jihaddistas.
Precações contra uma possível ciberguerra
Os serviços de segurança dos principais países do mundo já se preparam para a ciberguerra, investindo milhões de dólares em sistemas e segurança, sempre na prevenção de eventuais dos hackers. A Interpol, serviço que integra policiais de vários e diferentes países propôs, ainda, no ano de 2010, a criação de um sistema global de identidade. O assunto tratado na conferência realizada em Hong Kong tratou de soluções para prevenção do ciberterrorismo. O secretário-geral da Interpol, Ronald K. Noble, afirmou das dificuldades de identificação na rede, caso que aumenta a situação, considerando o atrevimento cada vez mais dos hackers. O secretário geral afirmou que as policiais necessitam de um canal seguro para se comunicar, livre de ciberterroristas.
Outras autoridades tem manifestado suas preocupações acerca do assunto, como Andrew G. McCabe, do FBI americano, polícia interna e Mike Pompeo, da CIA americana, polícia externa.
No país, autoridades, pessoas e órgãos ligados à área de segurança virtual, recomendam que a Internet deixe de ser um território “sem lei”. Por enquanto, o que mais recebe atenções na Internet são imagens e outros conteúdos com direitos autorais que são trocadas ilegalmente pela rede. Em muitos países as leis de direitos autorais estão em vigor, no Brasil, porém, não há fiscalização na prática a esses arquivos e são trocados livremente, sendo aprovado o Marco Regulatório da Internet, pela Lei nº 12.265, de 2014 e Decreto nº 8771, de 2016.
Vários governos pelo mundo a fora já se movimentam contra a pirataria on line e o ciberterrorismo, com a aprovação de leis, protocolos e tratados internacionais propondo formas diretas e práticas para enfrentar os crimes da Internet. Essa intenção pela regulamentação e controle do uso da Internet tornou-se evidente a partir do caso Wiki Leaks, quando Julian Assange divulgou milhares de e-mail contendo assuntos tidos como secretos dos USA. Assim, aos poucos, as leis começam a tornar-se mais presentes no mundo virtual. Há uma clara intenção de que as operadoras telefônicas cadastrem o IP de seus usuários, para que a identificação de crimes na Internet seja feita de forma mais rápida, eficiente e real. – Aldemioogliari@gmail.com.
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